Cães, Gatos e o Clima Seco: Atenção Redobrada com as Doenças Respiratórias

Com a chegada do período mais seco do ano, é comum vermos não só pessoas, mas também nossos animais de estimação sofrendo com os efeitos do clima. A baixa umidade do ar, associada a poeiras e poluentes suspensos, pode afetar significativamente o sistema respiratório de cães e gatos, principalmente aqueles que já possuem alguma predisposição ou vivem em ambientes urbanos. É nesta época que aumentam os casos de tosses, espirros, secreções nasais e até dificuldade para respirar.

Assim como nos humanos, os pets também podem desenvolver problemas respiratórios por conta do ressecamento das vias aéreas. Em cães, é bastante comum observar tosses secas e persistentes, que podem se confundir com engasgos. Já em gatos, os sinais podem ser mais sutis, como respiração ofegante, espirros frequentes e secreção ocular. Raças braquicefálicas — como bulldogs, pugs e persas — exigem atenção redobrada, já que a anatomia do focinho curto dificulta ainda mais a respiração.

Um fator que agrava o quadro é a exposição contínua a ambientes com ar-condicionado, ventiladores, poeira, cheiros fortes ou produtos de limpeza. Tudo isso pode irritar ainda mais o sistema respiratório sensível dos animais. Além disso, com o tempo mais seco, os tutores tendem a deixar a casa mais fechada, o que diminui a circulação de ar e pode acumular microrganismos no ambiente.

Para amenizar esses efeitos, é fundamental manter o ambiente arejado e, se possível, utilizar umidificadores de ar ou até mesmo bacias com água espalhadas pela casa. A hidratação dos pets deve ser reforçada — água limpa e fresca sempre disponível é o básico, mas algumas frutas aquosas liberadas pelo veterinário também podem ajudar. Evitar passeios nos horários mais quentes e garantir que o pet não fique em locais com muita poeira ou fumaça também são medidas importantes.

Caro leitor, caso perceba que seu animal está com respiração ruidosa, tosse frequente, olhos lacrimejando ou secreção nasal, é essencial procurar orientação veterinária. Algumas doenças respiratórias podem evoluir rapidamente e requerem cuidados específicos, inclusive com uso de medicações. Em alguns casos, também é necessário investigar alergias ou infecções respiratórias mais sérias, como a rinotraqueíte felina ou a tosse dos canis.

O clima seco exige que estejamos ainda mais atentos aos sinais que nossos pets nos dão. Uma rotina de observação, cuidado e prevenção pode evitar muito sofrimento e garantir qualidade de vida. E lembrar que, com carinho e acompanhamento adequado, atravessar esse período pode ser mais leve para todos, inclusive para nosso pet amado!