“Empresas de ônibus poderão entrar em colapso”, diz deputado
O deputado Edmir Chedid (DEM) afirmou que as empresas de transporte coletivo de passageiros poderão entrar em colapso devido às medidas restritivas adotadas em nível estadual para conter a pandemia do coronavírus. A afirmação ocorreu durante um pronunciamento no Parlamento Virtual da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Um dos principais motivos apontados pelo parlamentar é a queda do número de passageiros, que resultou em prejuízos às empresas de ônibus. O setor, segundo ele, também tem sido um dos principais responsáveis por demissões no Estado. “A falta de passageiros provoca uma reação em cadeia nas empresas, principalmente nas que operam em pequenos municípios”, disse.
De acordo com o parlamentar, o governo estadual, por meio da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), demonstrou que poderá auxiliar as empresas de ônibus que atuam nas regiões metropolitanas. “Mas não existe, no entanto, nenhuma medida confirmada referente ao possível auxílio para as empresas de ônibus de outras regiões e do litoral paulista.”
Edmir Chedid explicou que, em alguns municípios, o transporte público já apresentou problemas aos usuários. Como exemplo, citou Piracicaba (Região Administrativa de Campinas), que recentemente perdeu a empresa concessionária do transporte coletivo de passageiros. “A empresa cancelou o contrato com a prefeitura por não conseguir pagar suas despesas”, lembrou.
Governo Federal
Em seu pronunciamento, o deputado Edmir Chedid falou sobre o apoio financeiro do governo federal às empresas aéreas. Em março, Medida Provisória garantiu o subsídio federal às companhias, principalmente para o reembolso de passageiros. “Infelizmente as empresas de ônibus não tiveram a mesma atenção do governo federal, o que considero lamentável”, completou.
“O governo federal precisa apresentar uma Medida Provisória semelhante às empresas de ônibus; precisa reduzir imediatamente os impostos sobre os combustíveis e demais insumos que inviabilizam a manutenção das atividades e, consequentemente, os investimentos para a melhoria do setor. Infelizmente, em breve muitas empresas poderão entrar em colapso”.