Integração Lavoura-Pecuária-Floresta otimiza o sistema de produção e preserva o meio ambiente

Por Flávia Silva, médica-veterinária, mestre e doutora em zootecnia
pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e analista de mercado
agro da Belgo Arames

Ao longo das últimas semanas, as altas temperaturas acenderam um novo
alerta para o aumento da intensidade dos eventos climáticos extremos.
Grande preocupação dos produtores, o aquecimento global pode levar à
perda de colheitas, causar estresse térmico nos animais e degradar o
solo. Para evitar que isso ocorra, é preciso aplicar técnicas e
estratégias focadas na preservação do meio ambiente e que otimizem o
sistema de produção.

O setor agropecuário brasileiro já se destaca por iniciativas nesse
sentido, mas a sociedade está cada vez mais exigente em relação às
práticas de ESG – sigla em inglês que se refere aos compromissos
ambientais, sociais e de governança -, especialmente nas questões que
tratam do controle da temperatura.

Uma abordagem eficiente para reduzir os impactos é o sistema
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que também pode
garantir elevação a produtividade.

De acordo com nota técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), entre os benefícios ambientais da ILPF estão
a melhoria dos nutrientes no solo, bem-estar dos animais e proteção
dos recursos naturais, além dos ganhos com o cultivo de alimentos
saudáveis. Em termos econômicos, a técnica aumenta a produção de
grãos, fibras, carne e leite. Com isso, gera mais empregos diretos e
indiretos e contribui para a renda dos produtores.

Na ILPF, há integração entre as culturas agrícolas, pecuárias e
florestais na mesma área, sendo feito, principalmente por cultivos
rotacionados, nos quais os pecuaristas dividem com cercas –
principalmente as elétricas – a área total da propriedade em várias
partes menores, chamadas de “piquetes”, nas quais os bovinos se alternam
entre uma área e outra.

Para que a integração funcione de maneira eficaz, o produtor precisa
fazer plantio direto com milho e pasto juntos, no início do período de
chuvas – de setembro a novembro. Quando o milho for colhido, o
pecuarista deve entrar com os animais, fazendo uma rotação contínua
entre os bovinos e as culturas agrícolas, sempre esperando pela
recuperação do pasto para depois retornar com os animais àquela
área.

Nesse sistema, o cercamento é fundamental e deve ser de qualidade, para
dividir a propriedade em piquetes e manter os animais afastados durante
o período da lavoura. Cercas elétricas são as mais recomendadas, pois
são ideais para reduzir o custo de manutenção e implantação da
cerca, permitindo um maior espaçamento entre mourões e uma ótima
relação custo-benefício.

A Belgo Arames, que é líder no mercado brasileiro de arames, oferece o
arame liso Belgo Eletrix(R), que foi desenvolvido especialmente para a
criação das cercas elétricas, pois devido a sua camada pesada de
zinco dura três vezes mais que as cercas convencionais e possui boa
condutibilidade, além de ser mais resistente a corrosão.

Ao investir em cercamento de qualidade para o ILPF, os produtores
garantem a preservação dos recursos naturais e contribuem com a
mitigação das emissões dos gases do efeito estufa, permitindo que
todo o setor produtivo se una em benefício do agro e do planeta.