Posse confirma primeira morte pela gripe H1N1
Santo Antônio de Posse confirmou, na última semana, a primeira morte causada pelo vírus da gripe H1N1 neste ano. De acordo com a Vigilância Sanitária, a vítima morreu no dia 23 de maio. Era uma mulher de 49 anos, hipertensa, e não havia tomado a vacina para imunização.
Em relação ao ano de 2015 houve aumento no número de casos. No ano passado, foram notificadas apenas duas suspeitas de H1N1 e não houve confirmação dos casos. Já neste ano, logo no início, foram confirmados dois casos e existem outras cinco suspeitas. Os órgãos responsáveis estão à espera dos resultados da coleta de exames, que são realizadas apenas em unidades de internação, ou seja, hospitais. “Nós só conseguimos notificar um caso a partir da coleta dos exames. Estes exames, também por determinação do Ministério da Saúde, só podem ser realizados em unidades de internação”, afirmou a enfermeira da vigilância sanitária, Márcia Simenton.
De acordo com Márcia, uma das razões pelas quais ocorreu o aumento no número casos, foi o fato de que muitas pessoas não procuravam por imunização: “Depois do período em que o número de casos caiu, as pessoas, mesmo pertencentes ao grupo de risco, deixaram de procurar a vacina”, declarou.
Além do período de vacinação, para prevenir a proliferação do vírus, a administração pública promoveu, no decorrer do ano, alguns eventos de conscientização à população possense. No dia 12 de abril, por exemplo, foi realizado um encontro, nos períodos da manhã e tarde, no qual os professores da rede pública de ensino fundamental do município foram orientados sobre como proceder no dia-a-dia das escolas caso haja suspeita da gripe.
O período de imunização foi dividido em três etapas e destinado apenas a crianças, funcionários da saúde, gestantes, pessoas com 60 anos ou mais e indivíduos com doenças crônicas, devido à quantidade de quatro mil doses de vacina disponibilizadas pelo Ministério da Saúde.
A vigilância sanitária reitera que, em qualquer suspeita ou sintoma da gripe, o indivíduo deve procurar a unidade de atendimento o mais rápido possível. “Se sentir qualquer mal estar, a pessoa deve procurar a unidade de atendimento mais próxima”, informou Márcia.
Não existe a possibilidade de imunização geral, portanto é necessária a prevenção através da lavagem de mãos. A imunização, por determinação do Ministério da Saúde, ficou destinada apenas para idosos, gestantes, crianças até cinco anos de idade e indivíduos portadores doenças crônicas.
Através do IBGE, o Ministério da Saúde distribui vacinas de acordo com o número de pessoas, na cidade, que se enquadram nos grupos de risco. Conforme as informações passadas pela vigilância sanitária, o Ministério da Saúde possui em seu sistema o número de pessoas que, na cidade, pertencem aos grupos de risco e disponibiliza a quantidade ideal destinada ao atendimento desses grupos. “Como o número de casos da doença aumentou em todo o estado de São Paulo, infelizmente, Santo Antônio de Posse não ficou de fora”, concluiu a enfermeira.
Matéria: Matheus Gomide